quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O Lado Bom do Jeitinho Brasileiro

Sempre fico muito puro quando vejo alguém metendo o pau no jeitinho brasileiro. Até acho que se pegarmos as novidades do dia, seja na mídia escrita ou falada, teremos pelo menos uma notícia se referindo à utilização dele para a realização de alguma atividade, em geral ilícitas, ou, no mínimo imorais. Acho. 



De cabeça dá pra citar algumas que se repetem sempre:
Durante uma Blitz: 
- Senhor, a documentação pessoal e a do carro, por favor.
- Rapaz, estou sem nada. Tem como dar um jeitinho nisso aí não?
Ou:
No Aeroporto:
- Eu não vou enfrentar essa fila de embarque. Você não sabe com quem está falando? 

Tenho certeza que vocês conhecem outras situações do tipo. Mas não pretendo me alongar no lado ruim do jeitinho brasileiro, nem dizer que todos fazemos uso dele, mais cedo ou mais tarde, consciente ou inconscientemente. Nem vou falar que nossa sociedade é totalmente construída em cima disto, e que as ciências humanas explicam perfeitamente este fenômeno. Mais informações aqui.

Notem o alto grau de conservação de memória na próxima frase.

Infelizmente não lembro onde li, nem quando, mas lembro que vi uma reportagem que falava a respeito do alto índice de criatividade dos cientistas brasileiros, quando comparados a congêneres (do latim parceiros de profissão) de outras nacionalidades.

O Google é mesmo uma benção divina dos deuses, acabei de achar uma citação a essa pesquisa, significando que não estou inventando nada. Aqui, ó: fonte.

(Abre parênteses para uma observação completamente nada a ver com o texto) Já perceberam que não deveríamos mais usar o PS em e-mails, ou depoimentos no orkut (brinks), ou status no Facebook? PS é a abreviação de "Post Scriptum", e era usado nos tempos de antigamente depois de uma longa carta manuscrita (ou datilografada), quando o remetente percebia ter esquecido algo e não queria reescrever páginas só para adicionar. Hoje em dia basta reencaixar o texto esquecido mais em cima, apagando ou editando o que for necessário. (Fecha parênteses)


Seguindo o texto, essa maior criatividade dos cientistas brasileiros é explicada pela escassez de recursos disponíveis, obrigando-os a encontrar alternativas baratas, outros materiais, ou outros métodos para realizar suas atividades, improvisando sempre que possível.






Esses dias entrei em contato com dois fantásticos jeitinhos brasileiros.


O primeiro foi o que o genial Millôr Fernandes fez. Instado a escrever um conto de até 50 palavras para uma coletânea de micro-contos, conseguiu escrevê-lo em 13 palavras. Acontece que não havia limitação para o tamanho do título, no qual ele inseriu 56 palavras. O título é 4 vezes e meia maios que o conto.

O segundo é ciência aplicada. Quase não abri o vídeo, por pensar que era aquelas besteiras que postam no youtube. Decidi dar um voto de confiança e me encantei com o resultado:



Espero que as novas versões tenham um silenciador de barulho. basta uma espuminha colada na porta, pra evitar esse BAAAAM quando ela fecha.


E vocês? São a favor ou não do jeitinho brasileiro? Se utilizam dele? Têm outros bons exemplos do seu uso? Comentem nessa caixinha abaixo. É só fazer o login do Facebook e comentar à vontade.

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